Não podemos negar a frustração

Precisamos entender que a frustração faz parte do nosso crescimento.

Começamos a nos frustrar desde no nosso nascimento. Podemos dizer que a nossa primeira frustração é quando saímos do ambiente que estamos acostumados e passamos para o mundo exterior.

 A partir desse momento esse sentimento passa a fazer parte da nossa vida em várias fases e momentos.

Quando começamos a sermos frustrados?

Podemos começar a identificar essas frustações nos primeiros anos de vida quando começamos a ver cenas de birras e choros dos nossos pequenos

Sabe porque isso acontece?

Porque eles são seres em formação e ainda não sabem lidar com suas emoções. Então cabe aos tutores a ensinar a eles esse grande desafio.

Precisamos aprender a lidar com esse sentimento porque ele NÃO PODE ser deixado de lado. NÃO PODE ser colocado para debaixo do tapete, ou em qualquer outro lugar escondido. Sabe porque? Porque é nessa fase que aprendemos a lhe dar com as nossas emoções. Adultos que não tiveram suas frustrações trabalhadas na infância terão problemas na fase adulta.

As crianças são pequenos seres humanos

Voltando a falar dos nossos pequenos seres (crianças). O que  mais escutamos dos tutores quando um pequeno começa a chorar é “engole esse choro”, “não tem necessidade de tudo isso” , dentre outras frases clichês.

Só que alguém já parou para pensar que as crianças são pequenos seres humanos? Que elas têm sentimentos como nós temos? E por isso temos que ensinar elas a lhe darem com isso?

Pois é a maioria das pessoas veem as crianças como seres que não precisam de explicação, você precisa fazer isso porque eu estou mandando e pronto. Eu não estou pedindo eu estou mandando. Alguém já ouviu essa frase?

Não vou ser hipócrita porque eu mesma já usei essa frase diversas vezes … só que não tinha o conhecimento que tenho hoje.rs…rs…rs..

As crianças precisam ser ouvidas. Temos que aprender a ouvi-las como ouvimos qualquer outro adulto. Assim vamos entender as suas dores e ensiná-las a superar essas dores.

Formando adultos emocionalmente fortes

Dessa forma estaremos contribuindo para a construção de pessoas independentes e com inteligência emocional, onde não serão propensos a terem crises de ansiedade e depressão, simplesmente por não saberem a lidar com as suas frustrações.

Pessoas que não sabem esperar, que explodem por um mínimo acontecimento, provavelmente foi uma dessas crianças que não tiveram suas dores ouvidas.  

Você já percebeu que quando você tem um dia difícil no trabalho, foi frustrado, nada saiu como você tinha planejado você fica tenso, irritado e tem que procurar alguma forma para extravasar essa emoção? Seja uma saída com os amigos, ir a academia, comer um chocolate ou qualquer outra coisa.

 Pois é, com a criança acontece a mesma coisa. Eles são pequenos seres e isso não significa que não sentem a mesma coisa que nós sentimos. Eles sentem, porém não sabem elaborar o que sentem e por isso fazem birra, choram, gritam. Fazem isso porque é a forma que elas têm de colocar pra fora toda essa frustração.

O que temos que entender é que elas não têm habilidade de lidar sozinhos com as próprias emoções. Cabe a nós ajudar, e o que acontece é que muitas das vezes não temos paciência pra isso.

A importância de trabalhar as emoções

A importância desse trabalhar as emoções desses pequenos é tamanha que aquilo que elas não conseguirem elaborar elas vão replicar no outro. Seja criança ou adulto, farão isso, porque isso independe da idade.

Portanto quando uma criança se frustra e se descontrola, devemos acolher esse pequeno ser e ajudar ela a elaborar esse sentimento dentro de si. Isso é necessário porque as crianças não têm o cérebro desenvolvido o suficiente para conseguir fazer isso sozinha. Elas são espertas sim, aprendem tudo com muita facilidade, mas seu cérebro ainda está em formação.

Então o que fazer quando uma criança se frustra?

Primeira coisa se colocar na mesma altura da criança e ajudá-la a controlar as suas emoções, oferecendo apoio. Mostre que na vida nem sempre as coisas saem como queremos e que precisamos entender e superar. Elas precisam aprender com as frustrações.

Claro que tudo isso tem que ser feito dentro de uma linguagem apropriada e de uma forma adequada para que elas consigam entender.

Aproveite todas as situações que seja possível para ensinar que nem tudo vai ser sempre como ela quer.

Ajude essa criança a controlar suas emoções.

Podemos encontrar algumas literaturas que podem auxiliar nessa caminhada.

e-book Gerenciando a Frustração

Esse livro por exemplo é uma dentre muitas opções que podemos encontrar para auxiliar nessa missão de ajudar os pequenos.

Mostre que temos solução para tudo.

Ensinando a não ter reações violentas

Um ponto tem que ficar muito claro no momento de ajudar esses pequenos seres a lhe darem com essas sensações. Mostrar que eles que não podem ir contra a dignidade do outro, nem ir a um confronto físico.

Menciono a questão de confronto físico, porque é o que mais vemos acontecer. A violência nada mais é que uma expressão de fragilidade, é um tipo de máscara. E quando falamos em violência não falamos apenas da violência física, há outras formas de violência, como o bullying.

Muitos vão falar, mas eu quando era criança não tive nada disso e hoje não sou ansioso nem deprimido.

Sabe porque muitos de vocês não desenvolveram certos tipos de transtornos? Porque na década de 70 e 80 era possível brincar na rua e não tínhamos a tecnologia de hoje. Quando éramos frustrados por nossos pais ou por qualquer outra situação, nós íamos para rua brincar de bola ou de qualquer outra brincadeira e colocávamos toda a nossa frustração pra fora, chegávamos em casa exaustos, tomávamos banho, jantávamos e cama. Nessa época esse era o sinônimo de criança saudável.

O significado de criança saudável hoje é bem diferente. Hoje em dia é vista como aquela criança bebelô, quietinha, que não faz arte. E com esse novo conceito vem a patologização das nossas crianças. A criança que não segue esse perfil os pais as auto diagnosticam com TDAH e as levam a consultórios médicos. Quando o profissional fala que o filho não possui o transtorno (porque nem todas tem) ficam bravos e vão levando o filho de médico em médico até que um receite a tal da ritalina para que a criança sossegue um pouco.

Isso é muito triste.

Devemos pensar que as crianças de hoje vão crescer e formar os adultos de amanhã, e como queremos que seja essa nova geração?

A geração irritada dependente de remédios para se controlar?

Pensem nisso …..

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